Estatı́stica Básica
Capı́tulo 11 Teoria da Estimação e Decisão Para Duas Amostras
11.1 Exercícios
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11.1.1 Estimar por intervalo (95%) a diferença entre as médias de longevidade em dias de duas espécies de parasitóides, usados para controle biológico de pragas, quais sejam, Trichograma nerudai e Trichograma dendrolimi, da ordem Hymenoptera. Os ensaios de laboratórios foram realizados a \(250^0C\), \(65\%\) de umidade relativa e fotoperíodo de \(16/8\) h (luz/escuro). Os dados, em dias, obtidos para os machos, considerando \(n_1\) \(=\) \(7\) e \(n_2\) \(=\) \(7\), são apresentados a seguir.
Trichograma nerudai Trichograma dendrolimi 3,40 2,47 3,00 1,13 2,13 1,27 1,60 1,07 3,20 2,20 3,30 2,12 2,60 1,65 -
a) Testar a hipótese de normalidade usando-se os dados amostrais de cada espécie e o teste de Shapiro-Wilk.
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b) Testar a homogeneidade das variâncias das duas espécies utilizando todos os testes apresentados neste capítulo.
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c) Estimar a diferença de médias por intervalo usando o procedimento mais apropriado, considerando-se um coeficiente de confiança de \(95\%\).
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11.1.2 Utilizar os dados do exemplo 11.1 e testar (\(\alpha =5\%\)) a hipótese de igualdade das variâncias das populações controle e tratada com Phlorizin para as duas variáveis consideradas no exemplo. Utilizar os testes LRT, Bartlett e \(F\). Qual foi a atitude correta: considerar as variâncias homogêneas ou considerá-las heterogêneas?
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11.1.3 Utilizar os dados do exemplo 11.3 e estimar por intervalo a diferença de médias da biomassa seca de coleópteros encontrados nos estômagos dos dois grupos de lagartos cornudos, aplicando-se o procedimento robusto de Guo & Luh (2000) e considerando-se \(95\%\) de confiança. Comparar os resultados com os obtidos por métodos de computação intensiva.
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11.1.4 Utilizar os procedimentos bootstrap e permutação, os dados do exemplo 11.2 e obter o intervalo de \(95\%\) de confiança para a diferença de médias na fixação de nitrogênio do albúmen de ratos normais e diabéticos. Comparar os resultados com aqueles obtidos pelo método do intervalo robusto de Guo & Luh (2000) no exemplo 11.2 do Livro.
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11.1.5 Testar a hipótese de que as médias de dois tipos de tratamento (A e B) aplicados em frangos de corte são iguais, em relação à variável zinco na tíbia. Os resultados obtidos estão apresentados a seguir e são considerados normais. Amostras de tamanhos \(n_1\) \(=\) \(n_2\) \(=\) \(10\) aves foram consideradas em ambos os tratamentos (T).
T Valores de zinco em ppm A 253,8 152,2 298,1 356,5 98,2 282,3 329,6 271,3 288,4 320,5 B 284,5 376,0 183,4 304,7 231,5 263,5 257,7 208,6 244,9 205,0 -
11.1.6 Testar a hipótese de igualdade do número médio de formigueiros por hectare de duas regiões (A e B). Utilizar para isso \(\gamma \) \(=\) \(1-\alpha \) \(=\) \(95\%\) e os diversos testes apresentados na seção 11.1.4, quais sejam, teste de Guo & Luh (2000), bootstrap, permutação, Brunner & Munzel (2000) e Wilcoxon-Mann-Witney. Os resultados amostrais do número de formigueiros por hectare obtidos foram:
Pop. Número de formigueiros/ha A 10 0 1 15 8 11 13 12 9 10 B 20 21 25 15 13 19 22 -
11.1.7 Duas populações normais foram amostradas e os testes de igualdade das variâncias e das médias populacionais não rejeitaram as respectivas hipóteses \(H_0\) para o valor nominal de \(5\%\) de significância. Estimar a média populacional comum \(\mu \), utilizando o intervalo de confiança da seção 11.1.5, com \(95\%\) de confiança.
População \(n_i\) \(S^2_i\) \(\bar {X}_i\) (t/ha) A 21 1,87 8,5 B 35 2,14 8,1 Em outra situação, utilizando-se a amostra de duas outras populações, também normais, concluiu-se que as populações possuem a mesma média, mas diferentes variâncias. Logo, estimar a média comum das duas populações por intervalo, considerando \(95\%\) de confiança.
População \(n_i\) \(S^2_i\) \(\bar {X}_i\) (t/ha) C 30 5,21 12,8 D 35 1,98 12,3 -
11.1.8 A partir dos dados de amostras pilotos de duas populações de milho consideradas normais, determinar os tamanhos das amostras para estimar a diferença de médias com margem de erro \(e\) \(=\) 0,5 t/ha e coeficiente de confiança \(1-\alpha \) de \(95\%\).
População \(n_i\) \(S^2_i\) \(\bar {X}_i\) (t/ha) A 10 3,87 8,7 B 12 3,61 8,0 -
11.1.9 Considerar os dados do exercício proposto 11.1.8 e determinar o poder a posteriori de o teste detectar uma diferença de 0,3 t/ha adotando-se uma confiança de \(95\%\) e os tamanhos amostrais determinados no exercício referenciado. Qual é a diferença mínima detectável entre as duas populações com o mesmo coeficiente de confiança e poder de \(95\%\)?
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11.1.10 Determinar os intervalos de \(95\%\) e \(99\%\) de confiança para diferença das duas proporções binomiais. A proporção \(1\) refere-se à incidência de doença entre animais de uma região e a proporção \(2\), a de uma segunda região. Amostras de \(n_1\) \(=\) \(n_2\) \(=\) \(300\) animais em cada uma das regiões foram obtidas e o número de animais infectados em cada foi \(y_1\) \(=\) \(10\) e \(y_2\) \(=\) \(50\). Aplicar todos os procedimentos de estimação apresentados e retirar conclusão sobre a infecção de animais nas duas regiões.
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11.1.11 Numa pesquisa em que \(n_1\) \(=\) \(1.200\) árvores de uma variedade e \(n_2\) \(=\) \(1.250\) árvores de outra da mesma espécie foram inspecionadas, verificou-se que \(y_1\) \(=\) \(435\) e \(y_2\) \(=\) \(389\) tinham bifurcações no caule. Existem diferenças entre as proporções de árvores bifurcadas das duas variedades? Utilizar os testes de hipótese binomiais e supor que a ocorrência de árvores bifurcadas em cada espécie se dá com frequência constante e de forma independente.
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11.1.12 Testar a hipótese de igualdade de variâncias das populações A e B e das populações C e D, considerando os dados do exercício 11.1.7.
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11.1.13 Testar a hipótese de igualdade dos coeficientes de variação das populações do exercício 11.1.5.